Meus artigos

Por onde começar

Principal
Vida sim, drogas não
Escolha a vida
Pastoral da sobriedade
A família diante das drogas
As drogas
Drogas, ou liberdade
Pastoral da sobriedade
Por onde começar
Congresso da sobriedade
Drogas, o que fazer
Meu amigo usa drogas
Fontes de prevenção
Maconha
Prevenção ao uso de drogas

Pastoral da Sobriedade

 

Por onde começar

 

O que é a Pastoral

 

Pastoral da Sobriedade é a expressão do Amor gratuito do Pai que desperta em nós a solidariedade com o mundo e com a humanidade, fazendo dos excluídos os nossos preferidos.

Alguns elementos caracterizam a nossa Pastoral:

·        A Pastoral da Sobriedade é Pastoral, isto é, continuação da presença e da ação misericordiosa, amorosa, acolhedora e libertadora de Jesus o Bom Pastor e Bom Samaritano, que acolhe sem reserva, salva, regenera, ressuscita e chama Lázaro a sair do túmulo e a experimentar o novo.

·        É uma ação da Igreja, vivida a corpo, em comunhão com a Igreja e com o amor recíproco entre nós, para permitir a Jesus Ressuscitado viver no meio de nós e fazer passar os dependentes da morte para a vida.

·        É fundamentada na vivência do Evangelho que não apenas liberta das drogas mas faz entrar na dinâmica da vida de Amor de Deus e faz os homens novos que encontram a plenitude e alegria de viver na doação de si.

·        Não é apenas libertação das drogas, mas é proposta de vida nova, reconstrução da dignidade e do valor dos dependentes, imagem e semelhança de Deus que, transformados pelo Evangelho e pelo encontro com Jesus Vivo, assumem um novo projeto de vida, entram na dinâmica trinitária da doação e comunhão e descobrem um novo sentido de vida.

·        A recuperação e a libertação é ação de Deus e não apenas esforço humano, mas valoriza e se serve de todos os recursos médicos e psicológicos oferecidos pelas ciências humanas.

·        A Pastoral da Sobriedade é Pastoral Ecumênica que conclama a todas as Igrejas e pessoas de boa vontade a colaborar e lutar por uma vida plena.

 

O agente da Pastoral da Sobriedade

 

O agente da Pastoral da Sobriedade deve ser vocacionado para iniciar esta Pastoral nas nossas Paróquias e Dioceses no Brasil.

O Agente da Pastoral da Sobriedade deve descobrir, suscitar, convocar pessoas vocacionadas para esta missão, procurar a comunhão com a Igreja Local e as Diretrizes da CNBB, contatar, conhecer e acolher as experiências e iniciativas já existentes no território.

 

Onde atuar

 

A Pastoral pode atuar nas Paróquias e Dioceses em quatro frentes de trabalho, segundo as possibilidade de cada lugar:

a)     no Campo da Prevenção, para o público que nunca experimentou drogas e para quem já experimentou mas não é usuário, criando grupos ligados à Pastoral da Dependência Química, às demais pastorais e movimentos eclesiais ou grupos preocupados com esta realidade, atuando nas escolas, na catequese, e criando e publicando material apropriado;

b)    no Campo da Intervenção, para o público que já se iniciou no uso de drogas mais ainda não se tornou dependente com necessidade de internação, incentivando a abertura de novos grupos de auto-ajuda nas comunidades, paróquias e escolas como o AA, NA, NATA, NAFTA, AMOR EXIGENTE, TOXICÔMANOS ANÔNIMOS;

c)     no Campo de Recuperação para os usuários de drogas já dependentes, através de comunidades terapêuticas que trabalharão em conjunto com grupos de auto ajuda.

d)    no Campo da Reinserção Social, visando a colaboração da família, da comunidade eclesial e da sociedade civil para o pleno retorno à vida plena.


 

Como começar

 

Primeiro passo: Conhecer os recursos da comunidade

 

O primeiro passo a ser dado é levantar os recursos existentes na comunidade. Quando falo de recursos não me refiro a recursos materiais. É preciso conhecer o que já existe na comunidade e que tem a ver com a Pastoral da Sobriedade.

Quem são as pessoas, quais são as entidades que estão trabalhando em atividades ligadas à finalidade da nossa Pastoral?

Iniciemos levantando as comunidades terapêuticas, as clínicas, os hospitais que atendem dependentes químicos inclusive álcool. Verifique se o seu município tem Conselho Municipal de Entorpecentes.

Levantemos os grupos de auto-ajuda que existem em nossa comunidade. São grupos de auto-ajuda os AA – Alcoólicos Anônimos, os NATA – Núcleo de Apoio aos Toxicômanos e Alcoólatras, os grupos de Amor Exigente, os grupos NA – Narcóticos Anônimos e outros assemelhados.

Agora vamos relacionar os Movimentos de nossa Igreja tais como Emaús, TLC, Pólen, Cursilho, Grupos de Casais, Shalom, Encontros, CVX, Remar, Focolares, Porta Aberta, Movimento de Irmãos, Diálogo, RCC, Equipes de Nossa Senhora, Pastoral da Juventude, Escoteiros, Bandeirantes, MEJ, Apostolado da Oração, Marianos, e muitos outros. Estas são atividades de prevenção.

É importante que envolvamos toda a comunidade. Ninguém deve ser esquecido ou desprezado. Descubra se existe mais alguém trabalhando com dependentes químicos por exemplo nas escolas, na polícia, na Igreja.

Promovido o levantamento inicial o cadastro deve ser impresso com todos os dados disponíveis para que possa ser distribuído já na primeira reunião para todos os participantes.

 

Segundo passo: Primeiro encontro

 

Vencida esta etapa promova uma primeira reunião para a qual todos os cadastrados devem ser convidados. Esta reunião já será o início da Pastoral da Sobriedade em sua comunidade.

Nesta reunião apresente a Pastoral da Sobriedade e convide a todos a se integrarem a ela. Distribua o cadastro e solicite que cada um complete as informações para que se possa ter um documento completo e atualizado disponível para todos.

Apresente aos participantes a Pastoral da Sobriedade. Para isto utilize o Livro das Edições Loyola: “Pastoral da Sobriedade”. Utilize especialmente o conteúdo da “Carta da Pastoral da Sobriedade”, das páginas 43 a 46 do referido livro.

Aproveite a reunião para sugerir os passos seguintes na implantação da Pastoral da Sobriedade em sua comunidade.

 

Prevenção

 

Prevenção quer dizer “vir antes”, chegar antes. As atividades de prevenção portanto visam evitar que as coisas ruins aconteçam.

Esta provavelmente será a atividade que pode ser iniciada mais imediatamente quando da implantação da Pastoral da Sobriedade.

Que tal iniciar criando grupos jovens, grupos de casais, grupos de senhoras e porque não de homens?

Aqui também cabem as colônias de férias, as escolinhas de futebol, de dança, de artes, enfim todas as atividades que busquem ocupação sadia das horas de lazer ou sem ocupação.

É só reunir alguns e dar a partida.

 

Grupo jovem

 

Consideramos que, a partir dos doze anos os jovens já despertam para participar de um grupo jovem. Pode ser um grupo da paróquia, do bairro, da capela, da rua, do condomínio, da escola, enfim de qualquer comunidade.

O ideal é que o grupo tenha de quinze a vinte participantes. Isto porque todos precisam ter oportunidade de se manifestar nas reuniões e também porque um número maior dificulta a acomodação e um número menor pode levar a pouca criatividade.

Se o grupo for de jovens de até quinze ou dezesseis anos poderá ser orientado por um jovem mais velho ou adulto mas, se for constituído por jovens maiores de quinze anos, o ideal é que seja orientado por um casal. Isto será importante para que se adquira a confiança das famílias dos jovens e para que o grupo cresça mais harmoniosamente.

Nos grupos é importante que se desenvolvam as amizades. Para isto as atividades devem ser as mais diversificadas possíveis. Só não se pode usar nem apoiar a violência, a prostituição e o uso de drogas.

As reuniões podem seguir o seguinte roteiro:

Oração inicial: Vinde Espírito Santo..., por exemplo, ou oração expontânea.

Leitura de uma passagem da bíblia: Em geral do Novo Testamento.

Partilha da Palavra: Pequeno comentário ou debate sobre a leitura.

Debate: escolher um tema, palestra, jogral, texto e debater entre os participantes de modo a que todos possam manifestar a sua opinião. Já existe um livro da CNBB chamado “Prevenção ao uso de drogas”, publicado pelo Centro de Capacitação da Juventude,         que contém alguns roteiros de reunião.

Avisos: Combinar os compromissos do grupo, a data da próxima reunião, quem será o responsável, etc.

Pode-se aqui fazer o sorteio e a revelação de amigo de oração, amigo invisível, ou ainda responder a pergunta: “o que mais me fez crescer desde a última reunião”.

Oração final: Abraçados, ou de mãos dadas fazer a oração final que pode ser um Pai-Nosso ou mesmo uma oração expontânea.

Comemoração: Fazer um pequeno lanche para confraternização. Pode ser algumas bolachas e um quissuco.

As reuniões iniciais devem ser programadas pelo orientador mas as seguintes podem ser pelo presidente eleito entre os jovens. Com o passar do tempo deve-se incentivar que os participantes preparem as reuniões. Pode-se fazer individualmente ou em duplas, por exemplo.

Alguns exemplos de temas para debate:

O futuro que espero.

Meu projeto de vida.

Quem são meus amigos.

O que posso fazer pelo meu próximo.

O que podemos fazer (o grupo) pelo nosso próximo.

Como uso minha liberdade.

Deus em minha vida.

O diálogo em minha família.

Minha participação na minha família.

Minha participação na minha comunidade.

Minhas prioridades. O que é mais importante para mim.

Meus sonhos.

Meus princípios. Meus valores.

 

Grupos de casais

 

Os grupos de casais em geral devem ter cinco ou seis casais. Podem ser iniciados da mesma maneira que o grupo jovem.

Existem alguns movimentos da Igreja Católica que trabalham especificamente com grupos de casais como as Equipes de Nossa Senhora e o Movimento de Irmãos. Seria importante que sua diocese ou paróquia tivesse estes ou outros movimentos semelhantes.

A existência destes movimentos em sua comunidade não dispensam a necessidade de criar grupos de casais de bairro, de condomínio, de capela, de localidade. Quanto mais grupos melhor. A vida em comunidade sempre é mais vantajosa do que a individual. Os esforços e os resultados se multiplicam.

O roteiro das reuniões pode ser o mesmo do grupo de jovens.

Alguns temas que podem servir para debates além dos citados para os jovens:

O diálogo familiar.

Como educamos nossos filhos.

Que princípios estamos ensinando para nossos filhos.

Nossos filhos, nosso futuro.

Paternidade responsável.

Valor da maternidade.

Ação comunitária.

Participação na sociedade.

 

Outros grupos

 

Existem alguns Movimentos que se dedicam especificamente a determinadas faixas etárias e que são de grande valor para a comunidade.

O Movimento Escoteiro, representado no Brasil pela União dos Escoteiros do Brasil, é um movimento dirigido a crianças, adolescentes e jovens de sete a vinte e um anos, de ambos os sexos. Defende o cumprimento dos deveres para com Deus e a Pátria.

Em alguns países temos até um escoteiro para cada dezessete habitantes. No Brasil temos somente um escoteiro para cada três mil habitantes.

Na mesma linha, e inclusive fundado pela mesma pessoa temos o Movimento Bandeirante e a Igreja Adventista tem os Desbravadores.

Na Igreja Católica temos diversos Movimentos e mesmo pastorais que trabalham com jovens e grupos de jovens. Temos a Pastoral da Juventude, o Emaús, o Pólen, o TLC – Treinamento de Lideranças Cristãs, o Remar, os Focolares, o Shalom, a RCC- Renovação Carismática Católica, etc.

Todos estes Movimentos precisam ser fortalecidos e integrados à Pastoral da Sobriedade.

 

Intervenção

 

Já existem alguns Movimentos mundiais que trabalham os problemas da dependência química e do álcool. Os mais conhecidos são os AA – Alcoólicos Anônimos, o NA – Narcóticos Anônimos, os NATA – Núcleo de Apoio aos Toxicômanos e Alcoólatras, os grupos de AE – Amor Exigente. Cada Movimento destes normalmente também tem um grupo equivalente para atendimento dos familiares dos dependentes.

Certamente na sua comunidade ou pelo menos na sua região já funciona algum destes grupos. A partir desta semente fica mais fácil se incentivar sua multiplicação.

É interessante que se tenha, na medida do possível, pelo menos um grupo de cada um destes Movimentos.

O trabalho destes grupos é totalmente voluntário e suas necessidades financeiras normalmente se resumem a permissão para uso de sala para reuniões. As portas da Igreja e dos salões paroquias são locais sempre bem aceitos.

O ideal é que em cada paróquia se tenha pelo menos um grupo de auto-ajuda funcionando. Ele será o ponto de referência para encaminhamento de todos os problemas com drogas e álcool. Ele será a semente para a criação de comunidades terapêuticas ou encaminhamento para comunidades já existentes.

Também nas escolas se deverá incentivar a criação destes grupos, especialmente a partir de famílias onde já se sente o problema da toxicodependência. Os professores podem ser os incentivadores, os motivadores.

Estes Movimentos possuem uma estrutura que fornece o treinamento necessário para a abertura de novos grupos.

Assim sendo sua implementação pode ser feita com poucos recursos e num prazo bastante exíguo.

 

Tratamento

 

Para os casos mais graves de dependência química e do álcool, recomenda-se o internamento em Comunidades Terapêuticas.

Se a sua região ainda não possui nenhuma destas entidades talvez seja o caso de planejar a implantação de uma.

Para isto é necessário fazer um projeto, buscar recursos financeiros, treinar pessoal apropriado, conhecer outras experiências. Isto demora algum tempo. Uma Comunidade Terapêutica bem planejada certamente demora pelo menos um ano para iniciar suas atividades.

Existem algumas Comunidades Terapêuticas Católicas muito bem estruturadas que devem servir de referência quando se pensa em começar nesta atividade. Em geral todas elas permitem visitas e inclusive estágios em suas instalações.

Entre as mais conceituadas e recomendadas podemos citar as Fazendas São Francisco de Assis na Providência de Deus em Jaci (SP) com Frei Francisco, as Fazendas da Esperança em Guaratinguetá (SP) com Frei Hans, as Comunidades Casa de Esperança e Vida em Santo Amaro (SP) com o Fradão e as Fazendas do Senhor Jesus em Campinas (SP) com o Padre Haroldo.

 

Terceiro passo: Criando uma comissão de pastoral

 

Promovida a primeira reunião, atualizar os cadastros dos recursos da comunidade e marcar uma segunda reunião onde se procurará definir uma equipe que se encarregará de coordenar a implantação da Pastoral da Sobriedade.

Nesta segunda reunião já se deve iniciar a definição de um programa de trabalho inicial.

Podemos, além dos passos já sugeridos anteriormente, iniciar com algumas palestras para que todos os participantes tenham conhecimentos básicos sobre a questão da dependência química.

As escolas precisam ser incentivadas a elaborar um projeto de prevenção entre seus alunos se ainda não o tiverem.

A Câmara de Vereadores e o Prefeito precisam ser cobrados sobre a criação e o funcionamento do Conselho Municipal de Entorpecentes, obrigatório por lei.

A comissão da Pastoral da Sobriedade precisa conseguir um espaço para seu funcionamento. O ideal é que se disponha de um endereço onde funcione durante o dia uma casa de acolhida e à noite os grupos de auto-ajuda. O importante é que se tenha um endereço. Se for possível um telefone é importante. Este espaço pode ser inicialmente nas próprias instalações da Igreja local.

 


Agente Pastoral – Pessoa respeitável que ajude os mais fracos a redescobrir o gosto pela vida, o profundo significado da liberdade, a razão e o amor como base da própria existência. Pessoa que ajude a compreender que quanto mais uma sociedade é capaz de desenvolver o senso do serviço, tanto mais ganha em civilidade e progresso. Coração generoso que bata para humanizar a assistência, evitando a marginalização, discriminação e as injustiças.

 

Curso de formação de agente da pastoral da sobriedade – Organize em sua comunidade um curso de preparação de agente para a pastoral da sobriedade. Procure auxílio na sua diocese, com o seu pároco, no conselho municipal de entorpecentes de seu município, nas escolas de sua comunidade. Prepare um conjunto de palestras e debates sobre o tema da Campanha da Fraternidade. A defesa da vida, a vida em abundância devem preponderar sobre o tema das drogas.

Inclua palestras e debates sobre prevenção, sobre grupos de auto ajuda, sobre comunidades terapêuticas, sobre a resinserção social. Procure analisar as causas que levam ao consumo de drogas, como reconhecer o usuário e quais os procedimentos mais corretos quando se descobre que alguém usa drogas. Não esqueça também de discutir sobre as possibilidades de participação de cada segmento da sociedade na solução do problema. A família, a escola, a polícia, o governo, a Igreja, a sociedade, todos podem e devem dar a sua contribuição.

Convide para participar do curso todas as lideranças de sua comunidade. Não esqueça o pessoal da catequese, da liturgia, das pastorais, das escolas, da polícia...

“Uma centelha acende uma fogueira”. Sr 11, 32

 

Acolhida – ‘Acolhida significa perguntar a quem bate à porta, para onde quer ir, e não de onde vem. Perguntar sobre as intenções para o amanhã, e não sobre o passado’. (Pe. Mario Picchi). Acolhida é oferecer um pedaço de pão antes de pedir a carteira de identidade.

Quem vos recebe a mim recebe”. Mt 10, 40

Todo aquele que der de beber, nem que seja um copo d’água fresca, a um desses pequenos, não perderá a sua recompensa”. Mt 10, 42

Não são os que maneira também de administrar a sua vida, demonstrando assim, sua gratidão ao tem saúde que precisam de médico, mas os doentes: eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores”. Mc 2, 17, Lc 5, 31

“Acolhei-vos, pois, uns aos outros, como o Cristo vos acolheu, para a glória de Deus”. Rm 15, 7

Cristo nos relatou, nos Evangelhos, duas experiências básicas sobre a maneira de acolher: a primeira refere-se ao bom samaritano, a segunda ao pai na parábola do filho pródigo ou do filho reencontrado.

“Mas um samaritano que estava de viagem chegou perto do homem: ele o viu e tomou-se de compaixão. Aproximou-se, atou-lhe as feridas, derramando nelas azeite e vinho, montou-o sobre a sua própria montaria, conduziu-o a uma hospedaria e cuidou dele.” Lc 10, 33-34

“Ainda estava longe, quando o pai o avistou e foi tomado de compaixão; correu, se lhe lançou ao pescoço e o cobriu de beijos. O filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho... Mas o pai disse aos seus servos: Depressa, trazei a mais bela roupa e vesti-o;  ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés. Trazei o bezerro cevado, matai-o, comamos e festejemos, pois este meu filho estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi reencontrado.” Lc 15, 20-24

 

Sobriedade – Sobriedade não é uma ausência de bebidas, drogas, maconha e outras substâncias. Sobriedade é uma maneira de viver. Como o médico tem que tirar cada célula cancerosa do corpo do doente, o dependente tem que tirar cada gotinha de ira, maldade, medo, ressentimento e raiva de sua vida. Tem de viver uma vida honesta e certa. Tem de viver uma vida inocente, pura e correta se desejar manter a sobriedade.

Abstinência é o bilhete de entrada para permanecer com saúde em todas as áreas da vida. Sobriedade é abstinência e mais o retorno a uma saúde total, física, psicológica, social e espiritual.

“Sede sóbrios, vigiai”. 1Pd 5, 8

 

Casa de acolhida – As iniciativas de acolhimento sempre esbarram na falta de um local adequado. Assim propomos que em cada paróquia se procure ter uma casa de acolhida, um local onde se faça o primeiro atendimento daqueles que procuram ajuda.

A par das atividades de prevenção e da criação de grupos de auto-ajuda esta é uma iniciativa importante para que se possa iniciar um trabalho efetivo na área de prevenção e tratamento de pessoas com problemas com drogas.

Esta casa deverá dispor de informações detalhadas sobre os recursos disponíveis na comunidade para encaminhamento daqueles que procuram ajuda. Deve ser um ponto de referência na comunidade, para isto sua existência e endereço devem ser de conhecimento de todos. Quando possível deve possuir telefone para facilitar a acolhida e o encaminhamento.

É importante que também as atividades de prevenção desenvolvidas na comunidade sejam de conhecimento da casa de acolhida. Aí é que se encontra a finalidade principal da Campanha da Fraternidade e da Pastoral da Sobriedade.

A casa de acolhida será o centro de solidariedade da comunidade.

“Quem vos recebe a mim recebe”. Mt 10, 40

 

Bibliografia

 

É necessário formar uma pequena biblioteca sobre o tema das drogas. Alguns títulos não podem faltar:

 

Pastoral da Sobriedade - Nilo Momm - Edições Loyola - 2ª Edição (ampliada)

Prevenção às drogas - Nilo Momm e Vilsom Basso - CCJ - Centro de Capacitação da Juventude da CNBB

Escolha a Felicidade - Vida sem Drogas - Nilo Momm e Juliana Camargo Momm - Edições Loyola.

Tabebuias - Editora Cidade Nova.

12 Passos da Pastoral da Sobriedade - Manual do Agente - Edições Loyola.

123 Respostas sobre drogas - Içami Tiba - Editora Scipione

Vencer a droga – Mario Picchi, Paulinas.

Solução para farmaco-dependentes – Luis Antonio Correira e Haroldo J. Rahm, Edições Loyola.

Drogas, esse barato sai caro – Antonio Mourão Cavalcante, Editora Rosa dos Tempos.

Saiba mais sobre maconha e jovens – Içami Tiba, Editora Ágora Ltda.

Anjos Caídos - Içami Tiba - Editora Gente.

 

Publicado:

 

Jornal Consciência 2000

Outubro, Novembro e Dezembro de 2000.

 

Fale comigo

Nilo Momm