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Prevenção ao uso de drogas

Prevenção ao uso de drogas

Nilo Momm

 

A Pastoral pode atuar nas Paróquias e Dioceses em cinco frentes de trabalho, segundo as possibilidade de cada lugar:

a)     no Campo da Prevenção, para o público que nunca experimentou drogas e para quem já experimentou mas não é usuário, criando grupos ligados à Pastoral da Dependência Química, às demais pastorais e movimentos eclesiais ou grupos preocupados com esta realidade, atuando nas escolas, na catequese, e criando e publicando material apropriado;

b)    no Campo da Intervenção, para o público que já se iniciou no uso de drogas mais ainda não se tornou dependente com necessidade de internação, incentivando a abertura de novos grupos de auto-ajuda nas comunidades, paróquias e escolas como o AA, NA, NATA, NAFTA, AMOR EXIGENTE, TOXICÔMANOS ANÔNIMOS;

c)     no Campo de Recuperação para os usuários de drogas já dependentes, através de comunidades terapêuticas que trabalharão em conjunto com grupos de auto ajuda.

d)    no Campo da Reinserção Social, visando a colaboração da família, da comunidade eclesial e da sociedade civil para o pleno retorno à vida plena.

e)     Atuação política: desenvolverá reflexão e atividades junto aos  organismos que atuam na sociedade (Conselhos, fóruns...), defendendo sempre uma política "antidrogas" que seja eficaz, prática e que gere vida.

 

Iniciamos com este artigo, a análise destas frentes de trabalho. Vamos analisar a prevenção ao uso de drogas.

Prevenção quer dizer “vir antes” (pre venire), chegar antes. As atividades de prevenção portanto visam evitar que as coisas ruins aconteçam.

Esta provavelmente será a atividade que pode ser iniciada mais imediatamente quando da implantação da Pastoral da Sobriedade.

Que tal iniciar criando grupos jovens, grupos de casais de namorados, grupos de casais, grupos de senhoras e porque não de homens?

Aqui também cabem as colônias de férias, as escolinhas de futebol, de dança, de artes, enfim todas as atividades que busquem ocupação sadia das horas de lazer ou sem ocupação.

É só reunir alguns e dar a partida.

 

Grupo jovem

 

Consideramos que, a partir dos doze anos os jovens já despertam para participar de um grupo jovem. Pode ser um grupo da paróquia, do bairro, da capela, da rua, do condomínio, da escola, enfim de qualquer comunidade.

O ideal é que o grupo tenha de quinze a vinte participantes. Isto porque todos precisam ter oportunidade de se manifestar nas reuniões e também porque um número maior dificulta a acomodação e um número menor pode levar à pouca criatividade.

Se o grupo for de jovens de até quinze ou dezesseis anos poderá ser orientado por um jovem mais velho ou adulto mas, se for constituído por jovens maiores de quinze anos, o ideal é que seja orientado por um casal. Isto será importante para que se adquira a confiança das famílias dos jovens e para que o grupo cresça mais harmoniosamente.

Nos grupos é importante que se desenvolvam as amizades. Para isto as atividades devem ser as mais diversificadas possíveis. Só não se pode usar nem apoiar a violência, a prostituição e o uso de drogas.

As reuniões podem seguir o seguinte roteiro:

Oração inicial: Vinde Espírito Santo..., por exemplo, ou oração expontânea.

Leitura de uma passagem da bíblia: Em geral do Novo Testamento.

Partilha da Palavra: Pequeno comentário ou debate sobre a leitura.

Debate: escolher um tema, palestra, jogral, texto e debater entre os participantes de modo a que todos possam manifestar a sua opinião. Já existe um livro da CNBB chamado “Prevenção ao uso de drogas”, publicado pelo Centro de Capacitação da Juventude, que contém alguns roteiros de reunião. Publiquei pela Edições Loyola, juntamente com minha filha Juliana, "Escolha e Felicidade - Vida sem Drogas", contendo quinze reuniões prontas.

Avisos: Combinar os compromissos do grupo, a data da próxima reunião, quem será o responsável, etc.

Pode-se aqui fazer o sorteio e a revelação de amigo de oração, amigo invisível, ou ainda responder a pergunta: “o que mais me fez crescer desde a última reunião”, ou "como Deus agiu na minha vida desde a última reunião", ou ainda, "como vivi o Evangelho desde a última reunião".

Oração final: Abraçados, ou de mãos dadas fazer a oração final que pode ser um Pai-Nosso ou mesmo uma oração expontânea. Antes da oração, cada um pode colocar suas intenções. Depois da oração pode-se fazer o abraço da paz. Cada um deseja a paz para os outros e uma boa semana.

Comemoração: Fazer um pequeno lanche para confraternização. Pode ser algumas bolachas e um refresco.

As reuniões iniciais devem ser programadas pelo orientador mas as seguintes podem ser pelo presidente eleito entre os jovens. Com o passar do tempo deve-se incentivar que os participantes preparem as reuniões. Pode-se fazer individualmente ou em duplas, por exemplo.

Alguns exemplos de temas para debate:

O futuro que espero.

Meu projeto de vida.

Quem são meus amigos.

O que posso fazer pelo meu próximo.

O que podemos fazer (o grupo) pelo nosso próximo.

Como uso minha liberdade.

Deus em minha vida.

O diálogo em minha família.

Minha participação na minha família.

Minha participação na minha comunidade.

Minhas prioridades. O que é mais importante para mim.

Meus sonhos.

Meus princípios. Meus valores.

 

Grupos de casais

 

Os grupos de casais, em geral, devem ter cinco ou seis casais. Podem ser iniciados da mesma maneira que o grupo jovem.

Existem alguns movimentos da Igreja Católica que trabalham especificamente com grupos de casais como as Equipes de Nossa Senhora, os Cursilhos da Cristandade e o Movimento de Irmãos. Seria importante que sua diocese ou paróquia tivesse estes ou outros movimentos semelhantes.

A existência destes movimentos em sua comunidade não dispensam a necessidade de criar grupos de casais de bairro, de condomínio, de capela, de localidade. Quanto mais grupos melhor. A vida em comunidade sempre é mais vantajosa do que a individual. Os esforços e os resultados se multiplicam.

O roteiro das reuniões pode ser o mesmo do grupo de jovens.

Alguns temas que podem servir para debates além dos citados para os jovens:

O diálogo familiar.

Como educamos nossos filhos.

Que princípios estamos ensinando para nossos filhos.

Nossos filhos, nosso futuro.

Paternidade responsável.

Valor da maternidade.

Ação comunitária.

Participação na sociedade.

 

Outros grupos

 

Existem alguns Movimentos que se dedicam especificamente a determinadas faixas etárias e que são de grande valor para a comunidade.

O Movimento Escoteiro, representado no Brasil pela União dos Escoteiros do Brasil, é um movimento dirigido a crianças, adolescentes e jovens de sete a vinte e um anos, de ambos os sexos. Defende o cumprimento dos deveres para com Deus e a Pátria.

Em alguns países temos até um escoteiro para cada dezessete habitantes. No Brasil temos somente um escoteiro para cada três mil habitantes.

Na mesma linha, e inclusive fundado pela mesma pessoa temos o Movimento Bandeirante e a Igreja Adventista tem os Desbravadores.

Na Igreja Católica temos diversos Movimentos e mesmo pastorais que trabalham com jovens e grupos de jovens. Temos a Pastoral da Juventude, o Emaús, o Pólen, o TLC – Treinamento de Lideranças Cristãs, o Remar, os Focolares, o Shalom, a RCC- Renovação Carismática Católica, etc.

Todos estes Movimentos precisam ser fortalecidos e integrados à Pastoral da Sobriedade.

 

Saiba mais:

 

·        Pastoral da Sobriedade - 2ª Edição

Nilo Momm

Edições Loyola

 

·        Prevenção ao uso de drogas

Nilo Momm e Vilsom Basso

Centro de Capacitação da Juventude da CNBB

 

·        Escolha a felicidade - vida sem drogas

Nilo Momm e Juliana Camargo Momm

Edições Loyola

 

 

Contato: nilomomm@yahoo.com.br (inclusive para palestras)

 

 

 

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Nilo Momm