Anabolizantes
Os esteróides anabolizantes, mais conhecidos
apenas com o nome de anabolizantes, são drogas relacionadas ao hormônio masculino testosterona fabricado pelos testículos.
Os anabolizantes possuem vários usos clínicos,
nos quais sua função principal é a reposição da testosterona nos casos em que, por algum motivo patológico, tenha ocorrido
um déficit.
Além desse uso médico, eles têm a propriedade
de aumentar os músculos e por esse motivo são muito procurados por atletas ou pessoas que querem melhorar a performance e
a aparência física.
Segundo especialistas, o problema do abuso
dessas drogas não está com o atleta consagrado, mas com aquela "pessoa pequena que é infeliz em ser pequena". Esse uso estético
não é médico, portanto é ilegal e ainda acarreta problemas à saúde.
Os esteróides anabolizantes podem ser tomados
na forma de comprimidos ou injeções e seu uso ilícito pode levar o usuário a utilizar centenas de doses a mais do que aquela
recomendada pelo médico.
Freqüentemente, combinam diferentes esteróides
entre si para aumentar a sua efetividade. Outra forma de uso dessas drogas, é toma-las durante 6 a 12 semanas, ou mais e depois
parar por várias semanas e recomeçar novamente.
No Brasil não se tem estimativa deste uso
ilícito, mas sabe-se que o consumidor preferencial está entre 18 a 34 anos de idade e em geral é do sexo masculino.
Nos USA, em 1994, mais de um milhão de jovens
já tinham feito uso de esteróides anabolizantes.
No comércio brasileiro, os principais medicamentos
à base dessas drogas e utilizados com fins ilícitos são: Androxon®, Durateston®, Deca-Durabolin®. Porém, além desses, existem
dezenas de outros produtos que entram ilegalmente no país e são vendidos em academias e farmácias. Muitas das substâncias
vendidas como anabolizantes são falsificadas e acondicionadas em ampolas não esterilizadas, ou misturadas a outras drogas.
Alguns usuários chegam a utilizar produtos
veterinários à base de esteróides, sobre os quais não se tem nenhuma idéia sobre os riscos do uso em humanos.
Alguns dos principais efeitos do abuso dos
esteróides anabolizantes são: tremores, acne severa, retenção de líquidos, dores nas juntas, aumento da pressão sangüínea,
HDL baixo (a forma boa do colesterol), icterícia e tumores no fígado.
Além desses, aqueles que se injetam ainda
correm o perigo de compartilhar seringas e contaminar-se com o vírus da Aids ou hepatite.
Além dos efeitos mencionados, outros também
graves podem ocorrer:
No homem: os testículos diminuem de tamanho, a contagem de espermatozóides é reduzida, impotência,
infertilidade, calvície, desenvolvimento de mamas, dificuldade ou dor para urinar e aumento da próstata; Na mulher: crescimento
de pêlos faciais, alterações ou ausência de ciclo menstrual, aumento do clitóris, voz grossa, diminuição de seios; No adolescente:
maturação esquelética prematura, puberdade acelerada levando a um crescimento raquítico.
O abuso de anabolizantes pode causar ainda
uma variação de humor incluindo agressividade e raiva incontroláveis que podem levar a episódios violentos. Esses efeitos
são associados ao número de doses semanais utilizadas pelos usuários.
Usuários, freqüentemente, tornam-se clinicamente
deprimidos quando param de tomar a droga. Um sintoma de síndrome de abstinência que pode contribuir para a dependência.
Ainda podem experimentar um ciúme patológico,
extrema irritabilidade, ilusões, podendo ter uma distorção de julgamento em relação a sentimentos de invencibilidade, distração,
confusão mental e esquecimentos.
Atletas, treinadores físicos e mesmo médicos
relatam que os anabolizantes aumentam significantemente a massa muscular, força e resistência. Apesar dessas afirmações, até
o momento não existe nenhum estudo científico que comprove que essas drogas melhoram a capacidade cardiovascular, agilidade,
destreza ou performance física.
Devido a todos esses efeitos o Comitê Olímpico
Internacional colocou 20 esteróides anabolizantes e compostos relacionados a eles, como drogas banidas, ficando o atleta que
fizer uso deles sujeito a duras penas.
Os principais esteróides anabolizantes são:
oximetolona, metandriol, donazol, fluoximetil testosterona, mesterolona, metil testosterona, sendo os mais utilizados no Brasil
a Testosterona e Nandrolona.